Sou contra a legalização da maconha só para divertimento.

Vida do ex-viciado em drogas: Fábio Renato Vieira – segunda parte

 

Esta é a segunda parte do testemunho de Fábio narrada pessoalmente por ele aqui no VPA. Resumindo sua história de vida, ele nos mostra que é possível viver para adorar. Se você ainda não leu, confira a primeira parte desse testemunho na postagem “Uma droga puxa outra”. Com a palavra, senhor Fábio… 

Fábio dá seu testemunho: “Sou contra a legalização da maconha só para divertimento”

Sou contra a legalização da maconha só para divertimento, porque eu sei que ela é o primeiro degrau de uma escada que só desce até a derrota completa. Com a vida destruída minha família me convenceu a ir para uma clínica de recuperação na cidade de Pelotas, onde passei seis meses.

Lá dentro aprendi muito, eles lançaram a semente de Deus no meu coração. Saí, quando terminou o tratamento, e fiquei um ano e quatro meses limpo. Mas cometi o erro de me afastar de Deus e a queda foi inevitável. Rapidamente aconteceu tudo de novo e sete vezes pior.

 
Fui internado no Hospital Espírita, mas só pensava em fugir e voltar a consumir drogas. Fugi a primeira vez pelo telhado. A segunda, tentei escapar, mas haviam adquirido uma arma de choque para controlar os internos e eu fui o primeiro em quem testaram. Levei um disparo na perna e outro no peito ao tentar pular o muro. A última vez, fiz a arrumadeira refém e a obriguei a abrir as portas para eu fugir.

“Eu estava cansado daquela vida”

 
Fiquei dezessete dias foragido, durante os quais passei pedindo dinheiro, roubando e assaltando juntamente com outros. Minha vida era só escuridão. Então finalmente tomei uma decisão acertada.
 
Nessa época eu estava judicialmente afastado do lar. Invadi a casa e pedi ajuda para minha esposa. Eu estava cansado daquela vida. Sabendo que essa vontade de mudar passaria, ela disse que se eu quisesse mesmo deveria ir para o Centro de Recuperação Shekinah assim que amanhecesse.


Viver-para-adorar-Centro-Recuperação-Shekinah
 

“Eu aceitei” 

 

Eu aceitei. Fiz um propósito, com quem eu nunca havia feito antes,  com Deus, de nunca mais usar drogas na minha vida. Fiquei apenas trinta dias internado. Comi, bebi e respirei a Palavra de Deus durante esse tempo. Saí e vou cumprir o propósito que fiz com Deus até partir desse mundo.

 

Após deixar o Centro de Recuperação Shekinah, o Pastor Gilnei me deu a oportunidade de ajudar na reunião, feita, na cidade, para os ex-viciados e suas famílias participarem. Lá eu limpava as cadeiras, os banheiros e conversava com as pessoas. Esse trabalho foi muito importante para o meu dia-a-dia. Edificou muito a minha vida.

 

“Eu perdi por não fazer as escolhas certas”

 
Vi chegarem pessoas debilitadas pedindo ajuda, alguns na mesma situação em que eu me encontrava, outros em situação até pior. Eu contava o que Deus fez por mim, como Ele me transformou, tudo o que eu perdi por não fazer as escolhas certas na vida. Cada vez que eu falava o que eu havia perdido me doía, mas com isso eu aprendi a valorizar o muito que hoje consegui.
 
Eu, minha esposa Isabel e nossos dois filhos somos uma família cristã, feliz e abençoada. Atualmente, compartilho essa experiência com pessoas como você. Deus me deu uma doce vida e convida todos a experimentarem também. Até meu trabalho é doce. Produzimos doces e tortas em Pelotas, a capital nacional do doce: BEL DOCES E TORTAS. (Confira a primeira parte dessa historia).

Recado da escritora


Eu, Cleo Azevedo, ouvi muitas histórias de vida que me impressionaram durante o período de pesquisa para a produção do Livro Shekinah. Elas não foram todas transcritas, contudo são testemunhos tão impactantes, como esse do Fábio, que eu não poderia deixar de divulgar. Por esse motivo, aos poucos, postarei algumas para que não se percam no esquecimento. Então, até o próximo depoimento, confira.

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